segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Vivemos de infinitos "bons dias", que se vão no instante em que verborragicamente se exibem...Já quis tarde, noite e madrugada. Já quis inteiro, solto no 10º andar de qualquer prédio...Já quis no aconchego de uma abraço, implorando proteção...Os dias enluarados passam e o seu eterno "bom dia" passou a ser fardo, pesado como a dor de uma saudade de quem já não respira...e paira no ar esse desleixo, esse suspiro de quem já nada pode fazer...O “bom dia” de hoje já não tem a estrela que alto brilha, já não busca a energia do sol, já não vai de mim a você e vice-versa...A palmeira continua seu balançar matutino, o bem-te-vi me avisa e reafirma todas as manhãs o seu vôo por minha janela, os encontros na escada, o balançar da cabeça na portaria, o céu azul ou a chuva fina enviada pela natureza na despedida de casa...buzinas, semáforos....TODOS. Todos lembram a sua presença em minha vida e me fazem sentir, sem meio termo, com sabor, furor, paixão ou mesmice, a importância da minha presença na vida deles...Mas o seu “bom dia”...

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