quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estou tendo os pensamentos mais loucos, coisas minhas que até creio que gostariam de ler...a loucura fascina. Mas isso ao mesmo tempo é muito dolorido...esse encontro comigo é torturante...Aí falo bobagens, comento cotidiano ou invariavelmente não digo nada. E esse silêncio é tão cheio, tão intenso que ocupa quarto, dedos e solidão(tão imprescindível nessa interiorização)...E nesse momento sou solidária eterna de Clarice...

"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Nesse vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou uma escritora que tem medo da cilada das palavras: as palavra que digo escondem outras - quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo."
(in Um sopro de vida)

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